Sol, sol!

Durmo.
O Sol começa a invadir o meu território, começa a atacar-me. Maldito sejas! Está uma pessoa a dormir, a descansar, a sonhar e vens tu acabar com isso? Mas que direito tens tu?
Não tenho armas para lutar contra ti, não tenho poder que se compare ao teu. Não estarás a ser injusto para comigo? Não te estarás a superiorizar? Levanto-me. Revoltada porque me invadiste sem autorização, porque me fizeste abrir os olhos.Acabaste com o meu sonho, estou zangada contigo. Sabes que mais? Talvez tenhas feito bem. O dia está tão bonito. Não há nuvens no céu, vejo pássaros a voar, a dançar pelo céu. Vejo as abelhas a saltar de flor em flor, no seu árduo trabalho. Consigo ouvir o rio a correr velozmente. Olho em meu redor vejo verde. Cor, muita cor. Talvez esta paisagem seja bem melhor que o meu sonho. Gostava de poder voar, ir ter com os pássaros que voam alto. Gostava de bater as asas livremente. No entanto, também gostava de ser como um rio a correr incessantemente. Olha, e poder deitar-me naquele monte verde? Vês aquelas flores que crescem sem a mão do homem?Bonitas.
Consegues ouvir o riso das crianças? Estão a brincar, a aproveitar.Espertas que elas são.

Sabes? Obrigada por me acordares.