segunda-feira, novembro 20, 2006

Por entre ruínas....


Mais um feriado à vista, 1 de Novembro – dia de todos os Mortos.
Algo me dizia que um dia especial se aproximava. Antes de me deitar olho para o meu globo e vejo que ele está a sorrir para mim, ou seja, mais uma expedição a caminho. Deito-me feliz da vida e ansiosa para que a noite passe rapidinho para ver para onde é que o "tio" H me leva, sim era a vez de ele escolher.
Acordo com o Sol brilhante e com uma melodia muito engraçada dos meus amigos pássaros, eram uma espécie de despertador nestes dia de expedição. O dia estava bonito, sorridente.
Aquela força do globo estava a tornar-se intensa, lá estava eu a ser "sugada".
O "tio" H à minha espera, e desta vez o sítio não me era estranho, parecia-me Mosteiro dos Jerónimos.
"Sim, estamos mesmo em Lisboa mas não podemos estar muito tempo aqui parados, porque mesmo podendo viajar no tempo isso não significa que não soframos as consequências caso algo de mal aconteça. Penso que já deves ter descoberto que hoje vais estar no Terramoto de 1755.Como já podemos estudar o terramoto teve início depois das 9/30 da manhã. São 8 horas, temos tempo para vermos Lisboa e de nos refugiarmos."
Assim foi. Lisboa tinha muitos edifícios que estavam degradados e por entre a desgraça humana muitas pessoas sobreviviam devido à "esmolinha" que lhes era dada. Muitas pessoas acolhiam-se à porta de conventos, onde era distribuída a "sopa dos pobres".
O "tio" H explicou-me, eu já o sabia, que durante o governo de D. João V e não só se esbanjou muito ouro vindo do Brasil. Era bonito lá fora dizer-se que tínhamos dinheiro através das paradas, de toda a magnificência de D. João V, mas isso ainda dava pano para mangas. A cidade de Lisboa estava numa grande azáfama, as igrejas estavam cheias."Era bom se pudéssemos ficar a assistir a estas cerimónias, ia ser interessante, íamos descobrir novas coisas e por sua vez muito interessantes. No entanto, vamos até à ermida do Alto de Santo Amaro, lá vai haver uma espécie de ritual da maçonaria e lá estamos a salvo."O "tio" H tinha tudo planeado, nunca me levava para algum sítio sem o ter analisado primeiramente. Este ritual começa com cânticos e louvores em latim, numa capelinha. A mim só me dava vontade de rir, latim! Aquilo era chinês.
Pouco tempo depois um estrondo ecoa nesta capelinha. O "tio" H olha para mim e diz "Prepara-te, o espectáculo vai começar!".Lá do alto conseguíamos ver edifícios a desmoronarem-se. Por um momento a Terra parou, mas o mar atacou! O mar estava furioso, destruiu tudo o que se meteu no seu caminho e daí começaram muitos incêndios. A maioria dos fiéis tinha sido esmagada pelas ruínas das igrejas.
" "tio" H, mas e a família real?" " A família real sobreviveu, por sorte ficou a dormir nas Reais Casas de Campo de Belém , e como sabes a zona de Belém foi a que mais resistiu a todo este incidente"
O "tio" H, decide então descer da ermida e irmos ver os escombros. Lá fomos nós, eu tinha água e comida na minha mochila, havia muitos feridos, ouviam-se gritos por todo o lado, uma autêntica cena de terror. Ajudámos algumas pessoas, e vimos que numa manhã tudo mudo.
Tínhamos chegado ali há poucas horas e de um momento para o outro tudo está diferente.
Perderam-se bonitos edifícios mas Lisboa, após a reconstrução de Pombal, ficou bonita.
O "tio" H, disse que já estava farto de mortos, feridos e deste clima assustador.
Aquela imagem da ermida do Alto d Santo Amaro dificilmente nos sairia da cabeça.
O mar, se não se tivesse revoltado talvez não houvesse tanta destruição, se não fosse dia de finados, não haveria tanta concentração de pessoas e talvez não tivesse havido tanta morte.
O "tio" H antes de dizer adeus a Lisboa prometeu-me que a próxima expedição seria mais divertida, que iria entrar muita água. Sou novamente "sugada" para o meu quarto, onde chego cansada e um pouco aterrorizada com o que viu. Mas a História é assim mesmo, cheia de acontecimentos que nos deixam a pensar, cheia de histórias que nos fazem delirar e esperar por mais e mais e onde a palavras "descobrir" e "viajar pelo tempo" nos fazem sonhar.

segunda-feira, novembro 13, 2006

À descoberta de novos caminhos...


Hoje apetecia-me voar, contactar com outras pessoas, com outra cultura,com algo diferente, mas para onde? O Globo estava ao pé de mim, nada como uma escolha ao acaso.
O globo gira gira gira gira até que começa a abrandar e acaba por parar.Vamos lá ver para onde me irá levar! Que engraçado,a zona do México. Algo que apenas eu e só eu sabia, é que este globo era especial,era um globo que me levava até ao passado, a conhecer as brilhantes civilizações que existiram no nosso Mundo e histórias que na maioria das vezes nem os arqueólogos sabiam.Eram tão boas estas expedições.A mochila já estava pronta para eu partir em mais uma aventura. Uma força atrai-me para o globo e de repente cabum!!!!
Esqueci-me de contar que eu tinha alguém à minha espera nestes sítios por onde viajava, por sua vez foi ele que me ofereceu o globo.Era o "tio" H, um mestre na História.Quando cheguei ao destino devido lá estava ele á minha espera.Eu sabia que estava algures pelo México,e a minha pequena cultura dizia-me que era naquela zona que tinha existido a civilização Maia.O "tio" H confirmou a minha suspeita.Estava tão feliz. Como o "tio" H diz " História aqui vamos nós por caminhos brilhantes onde ficamos mais cintilantes".O "tio" H começou por fazer uma pequena introdução sobre a nossa visita :"Minha cara, mais uma vez aqui estamos nós , à descoberta de novas culturas,de novas pessoas, de novos valores e de novos horizontes. Os Maias são fundadores de uma civilização evoluída que se estendia pelos actuais estados mexicanos de Yucatán e de Chiapas e pelas Honduras e a Guatemala. No entanto o abandono das suas cidades continua um mistério. No meio de densas florestas tropicais podemos encontrar cidades brilhantes com uma complexa arquitectura. A mais famosa cidade é a de Tikal .A população era na sua maioria agricultor, com as cerâmicas poderás verificar a habilidade que os seus artesãos possuem. Aqui desenvolveu-se o primeiro sistema de escrita da América pré-columbiana. No coração de Tikal podes encontrar um vasto pátio rectangular destinado a ritos religiosos,do outro lado pirâmides de degraus dos quais o mais alto atinge setenta metros."Eu estava em Tikal,eu estava a ver monumentos completamente brilhantes,sempre admirei as fotografias que via, mas estar ali ao lado...não há comparação.como é que uma civilização tão brilhante pode ter desaparecido?"Objectiva como sempre,a paragem na construção dos monumentos religiosos ou políticos é o primeiro sinal de decandência dos Maias. A população começou também a diminuir, em finais do século IX não existem vestígios de habitantes na cidade."
O "tio" H contou-me que há quem diga que o que podia ter levado a este declínio foram revoltas camponeses que levaram ao fim do poder político e religioso.Por entre aquela densa floresta tropical estive a contactar com uma cultura tão interessante,conheci um artesão que me ensinou a fazer uma estátua brilhante. Aprendi a decifrar os seus hieróglifos, sim é que poucas pessoas os sabem decifrar, sou uma sortuda!!Ainda ajudei na plantação de feijão,da abóbora,do milho...
Mas o melhor foi quando me encontro no meio de centenas de pessoas que estão a construír uma daquelas grandiosas pirâmides.Incrível!!!!!!
O "tio" H faz-me sinal e promete-me que um dia voltaremos e ficamos mais tempo, quem sabe possamos ajudar a que esta civilização se consiga manter.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Bad Day :S


When you're weary, feeling small,
When tears are in your eyes,
I will dry them all;
I'm on your side.
When times get rough
And friends just can't be found,
Like a bridge over troubled water
I will lay me down.
Like a bridge over troubled water
I will lay me down.

When you're down and out,
When you're on the street,
When evening falls so hard
I will comfort you.
I'll take your part.
When darkness comes
And pains is all around,
Like a bridge over troubled water
I will lay me down.
Like a bridge over troubled water
I will lay me down.

Sail on silvergirl,
Sail on by.
Your time has come to shine.
All your dreams are on their way.
See how they shine.
If you need a friend
I'm sailing right behind.
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind.
Like a bridge over troubled waterI will ease your mind.

Paul simon - BRidge over troubled water!

quarta-feira, novembro 01, 2006

Consumismo?Não!!!


O dia do meu aniversário avistava-se, faltava pouco mais de um mês. Certo dia recebo uma chamada, onde me perguntam qual a prenda que eu gostaria de receber. Boa pergunta!
Mas não podia responder na altura, tanta coisa que eu queria e por sua vez que eu já tinha. Decido que primeiro tenho de fazer uma lista. Assim faço.
A lista parecia não ter fim, cheia de objectos fúteis que apenas me iriam alegrar nos primeiros dias de existência e que na realidade a utilidade era nula. Mp3?Roupa?Dinheiro?Telemóvel?Computador?Livros?CDs?DVDs?Relógios?Bolas?
Tanta coisa que podia pedir, mas não. Decido deixar-me dessas infantilidades. Para quê pedir um mp3, se já temos um? Só porque há um novo com mais uma "engenhoca" nova? Ou porque é "fixe" e "cool", andar na moda cheios de nova tecnologia que nem ligamos e por vezes nem sabemos trabalhar? Ou será que tendo um computador novo, com alta ligação à net, vamos ser melhores alunos?
Não me parece! Isto só demonstra que na realidade somos uns invejosos, que só pensamos em nós mesmos, e que o queremos é demonstrar grandeza quando na realidade somos uns fracos sem o mínimo de coerência nos nossos actos.
Será que Sócrates, Platão, Galileu, Maquiavel, Erasmo de Roterdam, Thomas More, Thomas Malthus, Tales de Mileto, Copérnico, Rousseau, Vasco da Gama, Diogo Cão, Cristóvão Colombo, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, entre outros grandes nomes, necessitaram de muitos objectos e avançada tecnologia para tecerem fabulosas descobertas, teorias?
Em pleno século XXI grande contraste existe no nosso planeta, enquanto que num canto do mundo reina a alta tecnologia, no outro canto temos pessoas a morrer à fome, a serem mortas pela guerra. As pessoas, nomeadamente os jovens, são possuídas por um consumismo assustador e ameaçador. Eu, como todos os jovens também o sou. Mas para quê? Por vezes é preciso pensar que enquanto nós esbanjamos dinheiro, pedimos tudo e mais alguma coisa, há crianças que apenas pedem água potável, ou um grão de arroz!
Os Gregos que eu tanto admiro, não tinham internet para efectuarem pesquisas e para tirarem as brilhantes conclusões e fantásticas teses acerca de tudo, da vida!
O dia de anos chegou e as prendas que mais me tocaram foram os postais, as palavras, a simples frase "Parabéns Mariana!",o resto ,coisas que tenho no dia a dia e que não são propriamente necessárias para viver,passaram-me ao lado =)
P.S : Não sou contra o avanço da tecnologia, muito pelo contrário, simplesmente penso que estamos numa era de um consumismo exagerado, a tecnologia tem de estar cada vez mais presente na nossa vida.Quando falo em tecnologia, refiro-me aquela mania de termos todos os produtos e cada vez mais mais mais e mais!
Tecnologia sempre!