quarta-feira, julho 11, 2007

Como um pássaro voa...


No alto da colina avista-se cor no céu. Cores fortes, vivas, intensas. À medida que me aproximo, lobrigo pássaros que dançam e encantam. Tonalidades de vermelho, amarelo e azul contrastam com as cores da floresta. Parecia que estavam a atrair alguém, deixei-me levar pela sua beleza e complexidade. Como era possível, criaturas tão pequenas, inofensivas, exibirem-se desta maneira? Aos poucos, o número de artistas ia aumentando e a coreografia ia-se abrilhantando e tornado mais majestosa. Ao olhar para eles via liberdade, alegria, descontracção. Estendo-me no chão verdejante, deixo-me envolver e quando dou por mim estava também a dançar. Os pássaros rodeavam-me por todos os lados. As cores, os sons, os movimentos. Deixei-me voar.
Era uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo única e formidável, irresistível e apaixonante. De árvore para árvore, de colina para colina, pelo cimo da água, pousando em flores. Era livre, tinha asas e conseguia voar.

segunda-feira, julho 02, 2007

Amante da Vida


Vasco estava sozinho, acordara de repente sem saber onde estava e como tinha ido ali parar.Tinha despertado com os raios de Sol brilhantes e calorosos, no entanto, ouvira um barulho estranho. Mas que seria? Parecia um grito. Olhara em seu redor e a sua visão não alcançara nada mais do que árvores, altas verdes e bonitas. Sorriam para ele, convidando-o para um pequena investigação, penetrando no centro daquela floresta. Vasco era um jovem de 18 anos, muito activo, sempre pronto para descobrir algo de novo, muito ligado à natureza e sobretudo à vida. Gostava de sair com os amigos, de ajudar as pessoas, de cometer excessos, mas o que mais gostava era de investigar de saber mais e mais, de viver à sua maneira.
Apesar de estar preparado para tudo, acordar no meio do nada e a ouvir um grito estridente, tinha mexido com ele. Quando começa a penetrar na densa floresta, vê pegadas e um rasto, alguém tinha sido obrigado (quem sabe raptado) a ir para ali. Quem teria cometido tal maldade, e quais os motivos? Ficar parado, a tentar imaginar possíveis situações, não o levaria a lado nenhum. Sendo assim pega num pau com uma ponta bem aguçada e põe – se ao caminho. Já tinha andado mais de 5 quilómetros e nada. Ao fundo começava a ver fumo vindo de uma chaminé. Era uma casa de madeira, mais parecia uma cabana construída à pressa, deveria ser um abrigo. Ao aproximar-se, começa a ter dúvidas em relação ao que esta sua curiosidade, que poderá resultar no salvamento ou não de alguém, lhe poderá trazer como consequência. Jovem, mas determinado continua… Aproxima-se de uma janela para se tentar aperceber do que se passava lá dentro. Vê uma mulher com olhos vendados, amarrada a uma cadeira, aos gritos e a chorar. Dois homens, um deles sentado a beber e a fumar e outro ao pé da lareira Entretanto, ouve um telefone e começa a ver que os homens entram num estado de desespero. Como não os conseguia ouvir, aproxima-se de outra janela que estava um pouco aberta. Fica chocado quando os ouve a comentar, que o resgate tinha sido pago mas a rapariga ia ser morta. Uma força vinda do interior do seu corpo misturada com revolta e medo, fazem-no entrar pela cabana dentro. Sem temer pela sua vida, sem medo de dois homens, musculados e armados, apenas com um intuito: Salvar Uma Vida.
Jovem, determinado, confiante,persistente, lutador e amante(só um amante da vida,colocaria a sua vida em risco por outra).