Por entre ruínas....

Mais um feriado à vista, 1 de Novembro – dia de todos os Mortos.
Algo me dizia que um dia especial se aproximava. Antes de me deitar olho para o meu globo e vejo que ele está a sorrir para mim, ou seja, mais uma expedição a caminho. Deito-me feliz da vida e ansiosa para que a noite passe rapidinho para ver para onde é que o "tio" H me leva, sim era a vez de ele escolher.
Acordo com o Sol brilhante e com uma melodia muito engraçada dos meus amigos pássaros, eram uma espécie de despertador nestes dia de expedição. O dia estava bonito, sorridente.
Aquela força do globo estava a tornar-se intensa, lá estava eu a ser "sugada".
O "tio" H à minha espera, e desta vez o sítio não me era estranho, parecia-me Mosteiro dos Jerónimos.
"Sim, estamos mesmo em Lisboa mas não podemos estar muito tempo aqui parados, porque mesmo podendo viajar no tempo isso não significa que não soframos as consequências caso algo de mal aconteça. Penso que já deves ter descoberto que hoje vais estar no Terramoto de 1755.Como já podemos estudar o terramoto teve início depois das 9/30 da manhã. São 8 horas, temos tempo para vermos Lisboa e de nos refugiarmos."
Assim foi. Lisboa tinha muitos edifícios que estavam degradados e por entre a desgraça humana muitas pessoas sobreviviam devido à "esmolinha" que lhes era dada. Muitas pessoas acolhiam-se à porta de conventos, onde era distribuída a "sopa dos pobres".
O "tio" H explicou-me, eu já o sabia, que durante o governo de D. João V e não só se esbanjou muito ouro vindo do Brasil. Era bonito lá fora dizer-se que tínhamos dinheiro através das paradas, de toda a magnificência de D. João V, mas isso ainda dava pano para mangas. A cidade de Lisboa estava numa grande azáfama, as igrejas estavam cheias."Era bom se pudéssemos ficar a assistir a estas cerimónias, ia ser interessante, íamos descobrir novas coisas e por sua vez muito interessantes. No entanto, vamos até à ermida do Alto de Santo Amaro, lá vai haver uma espécie de ritual da maçonaria e lá estamos a salvo."O "tio" H tinha tudo planeado, nunca me levava para algum sítio sem o ter analisado primeiramente. Este ritual começa com cânticos e louvores em latim, numa capelinha. A mim só me dava vontade de rir, latim! Aquilo era chinês.
Pouco tempo depois um estrondo ecoa nesta capelinha. O "tio" H olha para mim e diz "Prepara-te, o espectáculo vai começar!".Lá do alto conseguíamos ver edifícios a desmoronarem-se. Por um momento a Terra parou, mas o mar atacou! O mar estava furioso, destruiu tudo o que se meteu no seu caminho e daí começaram muitos incêndios. A maioria dos fiéis tinha sido esmagada pelas ruínas das igrejas.
" "tio" H, mas e a família real?" " A família real sobreviveu, por sorte ficou a dormir nas Reais Casas de Campo de Belém , e como sabes a zona de Belém foi a que mais resistiu a todo este incidente"
O "tio" H, decide então descer da ermida e irmos ver os escombros. Lá fomos nós, eu tinha água e comida na minha mochila, havia muitos feridos, ouviam-se gritos por todo o lado, uma autêntica cena de terror. Ajudámos algumas pessoas, e vimos que numa manhã tudo mudo.
Tínhamos chegado ali há poucas horas e de um momento para o outro tudo está diferente.
Perderam-se bonitos edifícios mas Lisboa, após a reconstrução de Pombal, ficou bonita.
O "tio" H, disse que já estava farto de mortos, feridos e deste clima assustador.
Aquela imagem da ermida do Alto d Santo Amaro dificilmente nos sairia da cabeça.
O mar, se não se tivesse revoltado talvez não houvesse tanta destruição, se não fosse dia de finados, não haveria tanta concentração de pessoas e talvez não tivesse havido tanta morte.
O "tio" H antes de dizer adeus a Lisboa prometeu-me que a próxima expedição seria mais divertida, que iria entrar muita água. Sou novamente "sugada" para o meu quarto, onde chego cansada e um pouco aterrorizada com o que viu. Mas a História é assim mesmo, cheia de acontecimentos que nos deixam a pensar, cheia de histórias que nos fazem delirar e esperar por mais e mais e onde a palavras "descobrir" e "viajar pelo tempo" nos fazem sonhar.
Algo me dizia que um dia especial se aproximava. Antes de me deitar olho para o meu globo e vejo que ele está a sorrir para mim, ou seja, mais uma expedição a caminho. Deito-me feliz da vida e ansiosa para que a noite passe rapidinho para ver para onde é que o "tio" H me leva, sim era a vez de ele escolher.
Acordo com o Sol brilhante e com uma melodia muito engraçada dos meus amigos pássaros, eram uma espécie de despertador nestes dia de expedição. O dia estava bonito, sorridente.
Aquela força do globo estava a tornar-se intensa, lá estava eu a ser "sugada".
O "tio" H à minha espera, e desta vez o sítio não me era estranho, parecia-me Mosteiro dos Jerónimos.
"Sim, estamos mesmo em Lisboa mas não podemos estar muito tempo aqui parados, porque mesmo podendo viajar no tempo isso não significa que não soframos as consequências caso algo de mal aconteça. Penso que já deves ter descoberto que hoje vais estar no Terramoto de 1755.Como já podemos estudar o terramoto teve início depois das 9/30 da manhã. São 8 horas, temos tempo para vermos Lisboa e de nos refugiarmos."
Assim foi. Lisboa tinha muitos edifícios que estavam degradados e por entre a desgraça humana muitas pessoas sobreviviam devido à "esmolinha" que lhes era dada. Muitas pessoas acolhiam-se à porta de conventos, onde era distribuída a "sopa dos pobres".
O "tio" H explicou-me, eu já o sabia, que durante o governo de D. João V e não só se esbanjou muito ouro vindo do Brasil. Era bonito lá fora dizer-se que tínhamos dinheiro através das paradas, de toda a magnificência de D. João V, mas isso ainda dava pano para mangas. A cidade de Lisboa estava numa grande azáfama, as igrejas estavam cheias."Era bom se pudéssemos ficar a assistir a estas cerimónias, ia ser interessante, íamos descobrir novas coisas e por sua vez muito interessantes. No entanto, vamos até à ermida do Alto de Santo Amaro, lá vai haver uma espécie de ritual da maçonaria e lá estamos a salvo."O "tio" H tinha tudo planeado, nunca me levava para algum sítio sem o ter analisado primeiramente. Este ritual começa com cânticos e louvores em latim, numa capelinha. A mim só me dava vontade de rir, latim! Aquilo era chinês.
Pouco tempo depois um estrondo ecoa nesta capelinha. O "tio" H olha para mim e diz "Prepara-te, o espectáculo vai começar!".Lá do alto conseguíamos ver edifícios a desmoronarem-se. Por um momento a Terra parou, mas o mar atacou! O mar estava furioso, destruiu tudo o que se meteu no seu caminho e daí começaram muitos incêndios. A maioria dos fiéis tinha sido esmagada pelas ruínas das igrejas.
" "tio" H, mas e a família real?" " A família real sobreviveu, por sorte ficou a dormir nas Reais Casas de Campo de Belém , e como sabes a zona de Belém foi a que mais resistiu a todo este incidente"
O "tio" H, decide então descer da ermida e irmos ver os escombros. Lá fomos nós, eu tinha água e comida na minha mochila, havia muitos feridos, ouviam-se gritos por todo o lado, uma autêntica cena de terror. Ajudámos algumas pessoas, e vimos que numa manhã tudo mudo.
Tínhamos chegado ali há poucas horas e de um momento para o outro tudo está diferente.
Perderam-se bonitos edifícios mas Lisboa, após a reconstrução de Pombal, ficou bonita.
O "tio" H, disse que já estava farto de mortos, feridos e deste clima assustador.
Aquela imagem da ermida do Alto d Santo Amaro dificilmente nos sairia da cabeça.
O mar, se não se tivesse revoltado talvez não houvesse tanta destruição, se não fosse dia de finados, não haveria tanta concentração de pessoas e talvez não tivesse havido tanta morte.
O "tio" H antes de dizer adeus a Lisboa prometeu-me que a próxima expedição seria mais divertida, que iria entrar muita água. Sou novamente "sugada" para o meu quarto, onde chego cansada e um pouco aterrorizada com o que viu. Mas a História é assim mesmo, cheia de acontecimentos que nos deixam a pensar, cheia de histórias que nos fazem delirar e esperar por mais e mais e onde a palavras "descobrir" e "viajar pelo tempo" nos fazem sonhar.