Como um pássaro voa...

No alto da colina avista-se cor no céu. Cores fortes, vivas, intensas. À medida que me aproximo, lobrigo pássaros que dançam e encantam. Tonalidades de vermelho, amarelo e azul contrastam com as cores da floresta. Parecia que estavam a atrair alguém, deixei-me levar pela sua beleza e complexidade. Como era possível, criaturas tão pequenas, inofensivas, exibirem-se desta maneira? Aos poucos, o número de artistas ia aumentando e a coreografia ia-se abrilhantando e tornado mais majestosa. Ao olhar para eles via liberdade, alegria, descontracção. Estendo-me no chão verdejante, deixo-me envolver e quando dou por mim estava também a dançar. Os pássaros rodeavam-me por todos os lados. As cores, os sons, os movimentos. Deixei-me voar.
Era uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo única e formidável, irresistível e apaixonante. De árvore para árvore, de colina para colina, pelo cimo da água, pousando em flores. Era livre, tinha asas e conseguia voar.
Era uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo única e formidável, irresistível e apaixonante. De árvore para árvore, de colina para colina, pelo cimo da água, pousando em flores. Era livre, tinha asas e conseguia voar.